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| IMAGEM: Freepik |
A garantia legal para bens duráveis e serviços, segundo o Código de Defesa do Consumidor (CDC), é de 90 dias. Para alavancar as vendas e se diferenciar da concorrência, no entanto, algumas fabricantes de automóveis têm oferecido garantia contratual além desse período legal, que pode chegar a até cinco anos, mas há algumas restrições.
Enquanto na garantia legal todas as peças do carro estão incluídas, na contratual, as condições são definidas entre fabricante-revendedora-consumidor. E como as empresas impõem suas condições, algumas práticas podem fazer com que o consumidor perca a garantia do seu carro.
Hoje, listamos as 3 principais delas. Fique atento!
1. Se eu bater o carro, perco a garantia?
A depender do contrato, um carro batido pode perder a garantia se não for consertado em um período específico – geralmente menos de dois meses. Se os reparos ocorrerem apenas após esse prazo, mesmo que seja feito em revenda da marca, a garantia contra corrosão da carroceria será invalidada.
2. Mexer no motor e suspensão altera a garantia do seu carro?
Sim. Se você ignorar a troca dos óleos lubrificantes, turbinar motores, rebaixar ou instalar acessórios não homologados, perderá a garantia do veículo.3. É obrigatório fazer as revisões nas concessionárias?
Como forma de atrair clientes, grande parte das concessionárias oferece a primeira revisão gratuita, desde que feita por volta dos 10.000 km do veículo ou após um ano de uso. Nessa primeira revisão geralmente são trocados óleo de motor, filtro de óleo e elemento do filtro do ar.Depois disso, alguns serviços como a troca de óleo, filtros, alinhamento, balanceamento e outras manutenções básicas podem ser feitas fora da concessionária, desde que sejam respeitados os parâmetros estabelecidos pela montadora. Será necessário, porém, fazer o “carimbo” dessas revisões na concessionária, garantindo que os itens foram realmente revisados.
Por que é importante revisar meu carro?
A falta de revisão do automóvel aumenta em até três vezes o risco de acidente. Segundo o Instituto Scaringella Trânsito, a ausência de manutenção preventiva dos veículos está relacionada a 27% dos acidentes rodoviários e urbanos no Brasil.
Além disso, o estado de conservação do seu automóvel é fundamental na hora da venda. Isso porque veículos bem cuidados, que não carecem de manutenção, conseguem compradores com mais facilidade.
Já explicamos aqui porque é importante realizar a revisão antes de viagens. Agora vamos abordar qual a periodicidade indicada para as revisões totais e quais itens requerem atenção.
Qual a periodicidade indicada?
Cada montadora especifica períodos diferentes, mas a prática mais popular é revisar a cada 6 meses ou 10 mil quilômetros – o que vier primeiro.
A relação abaixo facilita a programação de acordo com o serviço:
• Alinhamento e balanceamento a cada 10 mil km;
• Substituição do filtro de ar do motor a cada 15 mil km;
• Substituição do filtro de combustível a cada 15 mil km;
• Substituição do filtro do ar-condicionado a cada 15 mil km;
• Substituição do fluído de freio a cada 20 mil km;
• Substituição das velas de ignição a cada 20 mil km;
• Substituição da palheta do para-brisa entre 20 e 40 mil km;
• Verificação do estado das coifas da transmissão entre 20 e 40 mil km;
• Verificação e substituição da válvula termostática entre 40 e 60 mil km;
• Verificação e substituição da correia do comando de válvulas entre 40 e 60 mil km.
No intervalo entre 60 e 80 mil km é importante verificar – e, se necessário, substituir – o conjunto de pneus, a suspensão e ainda fazer a manutenção do amortecedor e das mangueiras de combustível.
Por fim, carros com mais de 100 mil quilômetros devem ter na lista da revisão a bateria, os sensores do motor e o sistema de freios.
Esses são apenas alguns itens que devem ser verificados de tempos em tempos, mas é sempre importante fazer um check-up geral no automóvel para maior segurança, conforto e para manter seu estado de conservação.
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