Itens de segurança que se inflam rapidamente para proteger motoristas e passageiros de automóveis, os airbags ainda são cercados de mitos e, por isso, motivos de dúvidas por parte de muitos condutores.
Se eu sofrer um acidente, o airbag será acionado? É verdade que o carro dá perda total no seguro se ele for acionado? Preciso usar cinto de segurança mesmo se meu carro tiver airbag?
Esses são alguns dos questionamentos comuns que permeiam o pensamento dos motoristas. Para ajudar a entender o funcionamento do dispositivo e desmistificar algumas lendas, respondemos cinco perguntas frequentes. Acompanhe!
1. Todo carro tem airbag?
O estudo motivou a resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) que tornou o airbag um item obrigatório a partir de janeiro de 2014 no Brasil. A medida, contudo, é válida apenas para os zero quilômetros fabricados a partir daquele ano, sendo o airbag frontal o único item obrigatório. Continua liberada a circulação de carros de anos anteriores a 2014 que não tenham o dispositivo de segurança.
2. Em quais situações o airbag é acionado?
Dois dos principais mitos que envolvem o airbag se referem a situações em que ele é acionado: ocorrem somente em acidentes? E em qualquer acidente? E a resposta para as duas perguntas é não, e não!
Para explicar melhor, é necessário entender que os airbags são sacos comprimidos que são inflados e acionados de maneira automática após uma desaceleração brusca do carro.
Portanto, qualquer freada brusca – sem necessariamente ocasionar em acidente – pode disparar o dispositivo do airbag. E se o acidente não for acompanhado de uma freada brusca, o item de segurança também não será acionado.
É por isso que, muitas vezes, ouvimos falar de acidentes em que o carro capota, mas o airbag não é acionado. O sistema funciona somente em caso de desaceleração do veículo.
3. Preciso fazer manutenção no airbag?
A não ser que haja um defeito anormal, caso que acende a luz de alerta no painel do veículo, as bolsas infláveis não precisam de manutenção periódica ou troca de peças.
O que muitos desconhecem – ou ignoram – é que os dispositivos de segurança têm prazo de validade, normalmente de dez anos. Após esse período, o inflador deve ser substituído e as bolsas revisadas. Por isso, é sempre importante fazer revisões periódicas no veículo.
Vale lembrar que, uma vez inflados, a recomendação é que não sejam feitos reparos nos sacos. Os airbags não podem ser acionados novamente, devendo ser substituídos.
4. Acionar airbag dá perda total no carro?
Na maioria das vezes, o carro não tem perda total no seguro quando o airbag é acionado. O que pode ocorrer – e talvez seja esse o motivo de dúvida por parte dos condutores – é o custo do reparo do airbag somar aos demais custos das avarias do automóvel e corresponder a 75% acima do valor do veículo – sinistro geralmente considerado como perda total pelas seguradoras.
Isso porque o valor do reparo de um airbag duplo frontal custa de R$ 5 a R$ 10 mil nos veículos comuns – podendo ser bem maior em veículos de luxo.
5. Como evitar “acidentes” ocasionados pelo airbag?
O airbag se infla após uma explosão da bolsa em velocidade média de 300 km/h e, em um piscar de olhos (exatamente 30 milésimos de segundos), começa a esvaziar para absorver o impacto do corpo. Isso porque o choque contra um airbag em processo de inflação seria tão ruim quanto bater direto no painel.
O sistema funciona, portanto, como um complemento do cinto de segurança, já que a ausência do cinto pode machucar ainda mais o condutor – a proporção da abertura do airbag é calculada justamente levando em conta o trabalho do cinto de segurança.
Outra dica para evitar intercorrências com o airbag é adotar uma postura correta e não dirigir muito próximo ao volante.
Agora que você conhece o funcionamento dos airbags, lembre-se sempre que ele é um item de segurança indispensável para sua proteção e dos passageiros que leva em seu carro.
Vale lembrar que o único obrigatório no Brasil é o frontal, mas se o veículo estiver equipado com múltiplos airbags, melhor. Há os laterais, para joelhos, centrais, para vidro traseiro, de capô, entre outros.