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Foto: freepik |
Essas últimas razões mencionadas acima são responsáveis, muitas vezes, pelos erros cometidos na aplicação desse item nos vidros dos carros. O motivo é simples: acredita-se que quanto mais escura, mais protetora e térmica a película é. Na verdade, não há relação entre esses requisitos e a tonalidade do componente; o famoso insulfilm protege contra o sol e deixa o carro menos aquecido caso tenha boa qualidade, não o tom escuro.
Aliás, a falta de transparência do vidro só traz uma coisa como consequência: penalidade no trânsito. Isso porque, segundo a legislação de 2007, a transparência mínima permitida no pára-brisa é de 75%, 70% nos laterais dianteiros e 28% nos demais vidros. Houveram algumas atualizações da lei, mas nada que alterasse esses valores. Quem desrespeitar a exigência, comete uma infração grave, recebendo 5 pontos na carteira e devendo pagar o valor de R$ 195,23. Além disso, a medida administrativa é que o veículo seja retido para regularização. Ou seja, o condutor pode retirar a película na hora, ou terá que assumir o valor do guincho e as diárias do depósito também.
Mas não dá para negar a popularidade do insulfilm. A estética, ponto muito considerável pelos adeptos, não é o único aspecto que eles buscam. Se feito com bons materiais, a película realmente torna o interior dos veículos mais frescos e protegem as pessoas que passam horas no automóvel contra raios solares que podem causar, inclusive, câncer de pele. Não há como combater totalmente os raios ultravioleta, conhecidos como UVA e UVB. Mas os especialistas em películas conseguem oferecer uma proteção de 99% contra a radiação. Não dispensa o uso do filtro solar, mas diminui significativamente o risco de doenças para motoristas e passageiros de longas horas, por exemplo.
A sensação de segurança que os vidros escuros trazem aos viajantes faz com que se sintam menos visados para assaltos e furtos. A película impede, também, os estilhaços de um vidro quebrado num ataque violento, por exemplo, evitando cortes profundos em quem está no veículo. Mas uma desvantagem ligada a essa condição, pelo menos considerada pela polícia, é que o insulfilm impede a visualização de um possível sequestro ou qualquer outro tipo de crime ocorrido em automóveis. Daí a importância de se adequar ao que a legislação permite: aproveita-se os benefícios da película sem comprometer o cumprimento da lei.
Cuidados na manutenção da película
- Não toque na película nem abra os vidros nos primeiros 3 dias seguidos da aplicação. Pode parecer um pouco difícil, mas se o clima estiver ameno ou houver a possibilidade de manter o carro guardado por esse período, fica mais fácil seguir a recomendação dos especialistas.
- Não limpar nos primeiros 7 dias seguidos da aplicação. Sim, a primeira semana de maneira geral é mais delicada quando se fala no famoso insulfilm. A cumprimento dessas regras contribuem para uma perfeita aderência da película ao vidro. Após os 7 dias, limpar com água e um pano de algodão.
- Não ligar o ar-condicionado durante o período de secagem. Como o vidro costuma ficar embaçado por conta da cola, é possível perceber quando ela está seca. Até esse momento chegar, o melhor é contar com a climatização natural para evitar problemas com o ar artificial na película.
Seguindo essas recomendações, a duração de qualidade da película de vidros é prolongada e evita-se transtornos e prejuízos tanto com a fiscalização, que não permite nada que comprometa a segurança, quanto com a própria estética do veículo.